De acordo com informações do último Mapa Assistencial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgado em 2019, somente em 2018, o setor registrou mais de oito milhões de internações, o que resultou em um gasto de mais de R$ 67 bilhões, configurando, dentre as despesas assistenciais, no maior custo para as operadoras.
Cada vez que uma pessoa é internada, é necessário assegurar que sua jornada, dentro do sistema de saúde, seja suprida com agilidade, segurança e qualidade. Além de garantir tudo isso, fazer a Gestão do Paciente Internado, proporciona, também, a redução dos custos e, por conseguinte, das taxas de sinistralidade das operadoras de planos de saúde.
Desperdícios
Um relatório do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) de 2013, reuniu diversos estudos sobre as fontes de desperdício de recursos no sistema de saúde americano. Um deles, realizado pelo Institute of Medicine, mostrou que os eventos adversos preveníveis, como infecções relacionadas à assistência à saúde e reações adversas a medicamentos, determinaram um custo direto entre US$ 17 bilhões e US$ 28 bilhões ao setor de saúde americano, em 1999.
Ainda de acordo com o IESS, há estimativas que de 20% a 30% do gasto assistencial de saúde está associado a falhas e práticas indesejáveis, que não acarretam melhorias na qualidade assistencial das pessoas. Para se ter uma ideia, apenas em 2011, o montante desperdiçado no setor de saúde americano ficou entre US$ 543 e 815 bilhões.
Outro levantamento sobre as principais fontes de desperdício, desta vez realizado no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, mostrou que apenas na unidade de Clínica Médica, 36% dos desperdícios aconteceram por tempo prolongado da internação, já 27% diz respeito à ocupação por internação menor do que 24 horas, outros 27% são por pacientes que já receberam alta, mas continuam ocupando o leito.
No entanto, quando há gerenciamento dessas internações por uma equipe especializada, cada caso é analisado, verificando-se inclusive a necessidade do tempo de internação. Além disso, a qualidade da assistência também é observada, pois além de melhorar a vida das pessoas, evita gastos desnecessários, com reinternação, por exemplo.
A Gestão do Paciente Internado
Empresas e planos de saúde que possuem ou terceirizam o serviço de Gestão do Paciente Internado, atividade que engloba as auditorias concorrentes e de fechamento de contas no prestador, entre outras ações, têm a garantia que o seu beneficiário é acompanhado desde a entrada no hospital até a alta. Durante esse período, equipes multidisciplinares, formadas por médicos, enfermeiros e outros profissionais capacitados, verificam todos os detalhes das internações, incluindo registros, consumo de insumos, exames e outros itens, sempre alinhado com a ética existente nas categorias profissionais. O grande foco é o cuidado prestado às pessoas. Esta adequabilidade promove melhores resultados, diminui o tempo de internação, previne eventos adversos e impacta nos custos assistenciais.
Além dos custos diretos para as operadoras e beneficiários, há ainda os custos indiretos que a falta de gestão pode acarretar. No caso de um trabalhador que precisa ser internado e acaba sofrendo um evento adverso dentro do hospital, esse colaborador precisará ficar afastado por mais tempo que o necessário, trazendo prejuízos para a empresa. Algumas complicações, podem inclusive levar a pessoa a óbito, como mostram dados do DATASUS e da Anahp, apontando que no Brasil há mais de 220 mil mortes anualmente devido aos eventos adversos.
Por tudo isso que a Gestão do Paciente Internado é uma excelente aliada contra o desperdício no sistema de saúde. Assim, além de garantir a qualidade de vida das pessoas, otimiza consideravelmente os recursos das operadoras de planos de saúde e empresas.